Me perguntaram um dia desses
Porque eu resolvi fazer assim
Viver pra esses lados de velho mundo
Além-mar e bem "longim",
Respondi que eu vim pra viver
de um "jeitim" mais "simplizim"
ter tempo pra fazer bobagem
e bastante tempo pra mim...
pra respirar mais devagar
consumir menos...
e bem mais viajar...
“que coragem!” Me disseram,
mas não sou corajoso não
corajosos são aqueles
que contrariam seu coração...
“matando um leão por dia..”
é assim que se sentem né?
eu prefiro “comer uma fruta por dia”
colhida direto do pé!
Ainda que seja metáfora
Essa coisa complicada
que a gente diz mas não é
Carreira e salário não definem seu valor como hómi
E nem como mulé!
quarta-feira, 18 de setembro de 2013
Meu exílio é voluntário
Dos cinco meses de trabalho pra pagar tributos,
cansei...
Pra onde vai essa montanha de dinheiro,
não sei
Causa perdida, como de um pra mil
Pátria besta, midiática, Brasil
De anos de trabalho afundados em uma invencionice “juizitosa”
cansei...
de quanto já usei malemolência advocatícia
não sei
Pra explicar o inexplicável ao cliente esperançoso
Advindo de um sistema inerte e rançoso
É, eu cansei...
Do mercado arrebanhador e loteador da fé do povo
Faz tempo que cansei...
Aonde vai parar a “terra das palmeiras onde canta o sabiá”
também não sei
Extremismos de tantos lados, coisa boa não pode ser
Meio certo não existe, ah! isso eu bem sei...
Cansado de tanta e pouca vergonha
Achei melhor sair à francesa
ou melhor dizendo, à portuguesa
Meu lirismo é sim sofrido mas,
chega de ser otário
Falta-me o dom pra dom quixote sociológico
Meu exílio é voluntário...
cansei...
Pra onde vai essa montanha de dinheiro,
não sei
Causa perdida, como de um pra mil
Pátria besta, midiática, Brasil
De anos de trabalho afundados em uma invencionice “juizitosa”
cansei...
de quanto já usei malemolência advocatícia
não sei
Pra explicar o inexplicável ao cliente esperançoso
Advindo de um sistema inerte e rançoso
É, eu cansei...
Do mercado arrebanhador e loteador da fé do povo
Faz tempo que cansei...
Aonde vai parar a “terra das palmeiras onde canta o sabiá”
também não sei
Extremismos de tantos lados, coisa boa não pode ser
Meio certo não existe, ah! isso eu bem sei...
Cansado de tanta e pouca vergonha
Achei melhor sair à francesa
ou melhor dizendo, à portuguesa
Meu lirismo é sim sofrido mas,
chega de ser otário
Falta-me o dom pra dom quixote sociológico
Meu exílio é voluntário...
domingo, 1 de setembro de 2013
Elysium - o paraíso não é pra todos...
Tem
dias que não adianta. Alguma coisa acontece e de repente eu sinto essa sensação
de vazio.
Hoje
algumas coisas aconteceram e me fizeram pensar muito.
A
primeira foi me lembrar de um encontro inesperado com “cristãos” aqui na
Irlanda e em cinco minutos de conversa comigo (ao saber um pouco do meu
posicionamento filosófico) o papo dos caras passou de “Deus é amor” pra “Deus é
justo e sua justiça implacável” com o dedo apontado pra mim, como querendo
dizer nas entrelinhas que eu vou pro inferno, nada de paraíso pra você que não é mais do grupinho...
porra... foda-se!!! cansei desse papo faz tempo, mas ainda sinto uma pena
enorme desse pessoal... (quase vejo a figura do Ahmed “o terrorista morto” me
olhando e dizendo iiiinfideeeeellll...).
Enfim...
Mas
talvez o que mais tenha mexido comigo hoje tenha sido o filme Elysium.
Elisyum vem da mitologia grega, era o paraíso, talvez como a Champs Élysée ou os Campos Elíseos na região de Campinas... vai saber...
Muito
mais do que a surpresa de ver o Wagner Moura e a Alice Braga no elenco
(realmente desempenhando papéis importantes e legais) é a mensagem do filme...
ok, é super sci-fi americano, mas a mensagem é muito bacana...
De
uma forma real-fantástica, trata de assuntos muito atuais (apesar de rolar numa
época imaginária daqui uns 160 anos), como imigração, exclusão social e acesso
à sistema de saúde públicos e universais.
Vale
muito a pena assistir o filme e o vilão do Sharlto Copley é bom pra caramba! A
melhor atuação no filme...
Talvez
eu esteja mais molenga, mas fiquei com nó na garganta lembrando da realidade do
Brasil e de tantos outros lugares em que pessoas morrem na fila de hospitais
por falta de tudo o que já está disponível em termos de tecnologia, mas
simplesmente NÃO CHEGA PRA QUEM PRECISA!
Me
lembrei de uma conversa que tive com um médico que trabalhou nos interiores
brasileiros no antigo projeto RONDON e de como ele me contou que ajudou a
salvar centenas de crianças receitando água de coco, que era abundante em
qualquer quintal, mas ninguém sabia que poderia usar como soro!
Me
lembrei das palhaçadas que estão acontecendo no Brasil em termos de saúde
pública e políticas públicas. Fiquei com pena dos médicos cubanos injustamente
vitimizados. Fiquei puto com a
ignorância política de tantos, com os exageros de pseudo politizados de todos
os lados do jogo sujo do poder.
No
meio disso tudo eu me peguei pensando na minha missão nesse planeta e de como
seria bacana fazer mais pelos outros... e de como é importante fazermos algo
que amamos de verdade.
Questionei
o vazio e me lembrei subitamente, é domingo, passou das 20:00 e talvez isso
explique alguma coisa...
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